sábado, 30 de outubro de 2010

A maior epidemia de todos os tempos

O título diz tudo. Existe uma epidemia por aí. E não é uma epidemia qualquer. Esta já contaminou todo o mundo civilizado, e só os países em desenvolvimento é que se andam a safar dela. Mas esses países, um dia, irão deixar de estar em desenvolvimento, e passar a estar desenvolvidos. Quando isso acontecer, também eles irão sucumbir a essa praga. E quando isso acontecer, só os ecossistemas existentes no fundo do oceano atlântico é que escaparão. A menos, pois claro, que a humanidade no futuro se expanda para lá - cortesia de hipotéticas tecnologias super-avançadas que permitirão ao ser humano, não só sobreviver face às altas pressões que se fazem sentir no fundo do oceano, mas também montar uma infra-estrutura de comunicação que permita o acesso à internet. Se isso acontecer, até os tubarões irão aprender o significado do acrónimo LOL.

Hoje em dia não há ninguém que não use esta acrónimo estúpido e supérfluo - excepto eu, que sou uma pessoa perfeita e não se deixa contagiar por parvoíces. De resto, toda a gente com acesso à internet - por mais casual e limitado que seja esse acesso, ou por mais culta e inteligente que seja essa pessoa - acaba sempre por apanhar o vício de escrever essa merda em tudo o que é fórum, blog, chat, email, instant messaging, rede social, e se calhar até no dia-a-dia longe de um computador. É incrível como uma abreviatura tão feia e inútil se tornou tão popular. Isto é fenomenal, no pior sentido possível e imaginário.

Se alguém estiver a ler este texto, a esta altura é certo que se está a perguntar "Mas qual é o problema deste prisioneiro com o LOL? De tanto tempo que ficou longe da sociedade, até com uma merdíce destas implica?". Passo então a explicar:

Este acrónimo é usado sempre que alguém quer expressar riso textualmente, e representa a expressão "Laughting Out Loud". Logo aqui, isto é uma estupidez. Quando alguém se está genuinamente a rir, não se mete a dizer "laughting out loud" repetidamente. Mete-se simplesmente a uterar qualquer coisa go género "hahaha", "hehehe", "hihihih", dependendo do sistema nervoso do sujeito a rir-se. Logo, para representar riso de uma forma textual, basta escrever isso mesmo, pois é muito mais próximo da realidade, e muito mais intuitivo.

A única vantagem prática de escrever LOL em vez de "hahaha", é o facto de o LOL precisar de menos letras, e por isso demorar menos tempo a escrever. Mas apesar disso, o pessoal acaba por usar diversas variantes que necessitam de muito mais letras e tempo de raciocínio. O pessoal acaba muitas vezes por escrever "LOOOOOOOOOOOL", "LOLOLOLOL" e "LLOOLLL", para mostrar mais entusiasmo. Logo aqui, é necessário tantas ou mais letras do que "hahaha". E a parvoíce não se fica por aqui. Ainda existem estas variantes:
  • LULZ, que é uma variante parva com ainda mais letras, para representar a mesma expressão;
  • ROTFL, que significa "Rolling on The Floor Laughting";
  • ROTFLOL, para "Rolling on the floor laughing out loud";
  • ROTFLMBO, para "Rolling on the floor laughing my but off".
  • ROTFLMAO, para "Rolling on the floor laughing my ass off";
  • ROTFLMFAO, para "Rolling on the floor laughing my fucking ass off ";
Cada sigla que eu acabei de mostrar é ainda mais complicada e difícil de memorizar que a anterior. Tudo isto só para representar o acto de rir em texto. E isto são só algumas variantes do LOL. E agora pergunto eu: para quê estas siglas todas? Não sejam toinos, e juntem-se a mim. Todos juntos, podemos erradicar esta epidemia da face da Terra. Para isso, apelo a todos os leitores deste blog que se limitem-se a usar as seguintes onomatopeias, conforme o vosso riso naturalmente vos sair:
  • "hahaha";
  • "hehehe";
  • "hihihi";
  • "hohoho";
  • "huhuhu".
Para além disto, sempre que apanharem alguém a insistir em usar o LOL, esperem para estarem na presença dessa pessoa, e espetem-lhe com um biqueiro no focinho. Desta maneira iremos acabar com a epidimia do LOL. Juntem-se a mim, nesta batalha épica, mas certamente gloriosa. Sejam uns heroís, sob a minha liderança!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Uma coisa que eu não entendo...

Como já se sabe, eu sou um recluso. Isso implica que estou preso. Se estou preso, estou enfiado numa cela durante grande parte do tempo. Se estou enfiado numa cela grande parte do tempo, passo os dias sem nada para fazer. Tenho muito, mas muito tempo para queimar. Se há pessoa que está sempre a coçar os tomates, sou eu.

Tendo o parágrafo anterior em consideração, é perfeitamente natural que eu procure desesperadamente alguma coisa com que ocupar o cérebro, para não apanhar uma infecção nos tintins. E consigo agarrar-me a coisas mesmo aborrecidas, desde jogar Solitaire, ler artigos na Wikipédia, ouvir música, ver fóruns na net, e por ai fora. Acho que a actividade mais interessante que consigo encontrar para fazer, é mesmo contemplar o talento da Avy Scott e da Gianna Michaels no Xvideos.

Mas no entanto, apesar de todo o tédio com que tenho que lidar, há uma coisa que eu nunca tenho a minima vontade de fazer: visitar o Facebook. Vejam se percebem isto... eu tenho mais que tempo para andar sempre nas redes sociais. Mais tempo que o comum dos mortais. E mesmo quando não tenho tempo, arranjo forma de o arranjar. E no entanto, é simplesmente uma actividade para a qual eu não consigo dar importancia nenhuma, nem nos piores momentos de tédio. Simplesmente não quero saber, e nunca lá vou.

E é exactamente por isso que me custa a entender como é que pessoal que (supostamente) tem mais que fazer - como trabalhar para sustentar a familia, ou estudar para acabar um curso superior - consegue arranjar tempo e vontade de andarem metidos nessa merda. Onde é que esta gente vai buscar tempo para manter actualizado um perfil de facebook, e ainda andar a micar o perfil dos outros? Até percebo quando se trata de perfis de gajas podres de boas. Mas fotos de gajas boas é o que mais há na internet, e não é nada de exclusivo de redes sociais.

Porque é que gente normal se dá ao trabalho de disponibilizar num servidor público fotografias pessoais, que deveriam estar guardadas num caixa de sapatos (ou que no melhor dos casos, exibidas dentro de casa, com uma moldura bonita)? Isto para não falar na publicação de dados pessoais. Esta malta não se rala nada em publicar o seu nome, idade, localidade, data de nascimento, ocupação, e ainda a pessoa com a qual estão numa relação amorosa. Tudo isto se trata de informação que não convém partilhar ao desbarato. Nunca se sabe quem é que está a ver, porque é que está a ver, e como se servirá dessa informação. Como é que há tanta gente confortável com esta ideia de partilha de dados?

E mesmo que a internet fosse habitada apenas por santos e gente sã, para quê tal narcisismo? Para quê exibirem-se? Acordem.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Só um recado

Parece que a sanita onde eu despejo a minha diarreia mental foi descoberta pelos montes de estrume que habitam o fórum chupa-mos.com. Essa sub-espécie de seres humanos estão a especular que os meus relatos de recluso são falsos, que já devo ter perdido a virgindade anal, e que já devo estar morto, tendo em conta que não escrevo nada desde o fim da época dos descobrimentos.

Só para dizer ainda não perdi a virgindade anal, mostrar que ainda estou vivo, e que não ando com paxorra pa escrever.

Ya, era só isto.
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